quinta-feira, 1 de março de 2018

Conservar mágoas pode ser desastroso para a saúde

Atire a primeira pedra quem nunca sofreu com uma traição, discussão, intimidação ou qualquer outro desrespeito ou humilhação. Sentir raiva, dor e sentimentos ruins momentaneamente é uma resposta normal depois de sofrer ações negativas como essas. Mas perdoar e ignorar os fatos passados pode ser a melhor opção – não só para o espírito, mas para a saúde também.
Sofrer humilhações é terrível e pode resultar em vários problemas psicológicos. Mas nem sempre hospitais e remédios são as únicas soluções. Se você sabe que o problema não é você, e sim outra pessoa, a melhor alternativa pode ser parar de culpar quem te causou sofrimento.
O poder negativo de sentimentos amargos é algo tão forte que alguns estudiosos sugerem a criação de um novo diagnóstico, chamado de PTED na sigla em inglês, e que em português significa transtorno pós-traumático de amargura.
O PTED descreve pessoas que não conseguem perdoar as ações realizadas contra elas. “A amargura é um solvente desagradável que corrói todas as coisas boas”, lembra Charles Raison, médico que trabalha na área de saúde mental.
Você sabe o que a amargura pode fazer para o seu corpo? Ela interfere nos sistemas hormonal e imunológico. Além disso, pessoas zangadas e de mal com a vida tem pressão arterial e frequência cardíaca mais altas. Pessoas nesse grupo são mais propensas a morrer por problemas cardíacos e outras doenças.
Fisiologicamente, quando temos sentimentos negativos por outra pessoa, o nosso corpo instintivamente se prepara para lutar contra ela, o que leva a alterações como aumento da pressão arterial. Sentir-se dessa forma por um curto período pode não ser perigoso para a saúde – pode ser até útil para combater um inimigo – mas o problema é quando a amargura é contínua.
Quando nossos corpos estão constantemente preparados para lutar contra alguém, o aumento da pressão arterial e de elementos químicos como a proteína C-reativa cria um problema para o coração e outras partes do corpo. Os efeitos cardíacos negativos causados por estados mentais estão se provando tão perigosos quanto os efeitos causados por tabagismo.
É impossível evitar todos os eventos que poderiam te transformar em uma pessoa amarga. Em algum momento, você poderá ser vítima de um chefe louco, um mal parceiro, um colega de trabalho rancoroso ou qualquer outra pessoa que lhe fará mal. Alguns tem ainda mais azar, sofrendo abusos físicos ou sexuais.
Há situações em que você teria que ser o Dalai Lama para não sentir ressentimentos. Mas a chave para não se tornar uma pessoa amarga é como nós agimos com situações ruins a longo prazo. Aqui estão cinco dicas para abandonar a amargura o mais rápido possível – para o bem da sua própria saúde:
Desabafe: Dê um tempo para você mesmo e libere o que você sente. Desabafe e diga tudo o que você está pensando.
Acompanhe as notícias: Assista aos telejornais por um dia, ou leia um jornal. Converse com as pessoas próximas e com os colegas que você só costuma cumprimentar. Logo você vai perceber que todos têm problemas, e que essa é apenas uma parte da vida.
Considere conversar com a pessoa que está te machucando: Essa é uma opção que pode ser consoladora, ou muito ruim. Por isso, é importante pensar bem antes de ir conversar com a pessoa que está te fazendo mal. Alguns ex-cônjuges, por exemplo, podem ser psicopatas, e ir atrás deles pode ser desastroso. Em alguns casos, o melhor é escrever uma carta dizendo o que você sente e ler para um amigo de confiança antes de entregar.
Perceba que você está prejudicando a si mesmo: Sempre se lembre de todo o mal físico que você está provocando a si mesmo permanecendo com a amargura e ressentimentos. Perdoe agora, para não ser assombrado com dores de cabeça crônicas, fadiga, artrite e dores nas costas no futuro.
Considere o estado mental da outra pessoa: Muitas pessoas más não sabem o mal que estão provocando aos outros. Mesmo ferido ou machucado, lembre-se disso. E outras pessoas, além de cruéis, podem ser perigosas, e esquecer os males causados por elas pode ser a melhor saída.

Abandonar a amargura não significa que você precisa ser ingênuo ou que as pessoas vão pisar em cima de você. Um exemplo clássico é de uma mulher que é traída pelo marido, mas ao invés de sentir raiva, segue em frente com a vida e encontra outra pessoa. Muito melhor para ela, não?

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

10 CURIOSIDADES SOBRE A CRUCIFICAÇÃO

1. A morte por crucificação foi inventada pelos persas entre 539 e 533 a.C. Os romanos, porém, a popularizaram. Ela era utilizada para punir escravos rebeldes, criminosos violentos e subversivos políticos.
2. As pessoas crucificadas não eram enterradas. Seus corpos eram deixados para serem consumidos pelos urubus. Jesus Cristo foi uma exceção. Seu sepultamento ocorreu graças à influência de José de Arimateia, um rico judeu simpatizante que negociou com Pilatos, o governador.
3. Em 70 a.C., Spartacus e outros 6 mil rebeldes foram crucificados juntos pelo governo romano. Outro caso de crucificação em massa ocorreu durante a guerra da Judeia, em 66 d.C. Para conter o avanço de uma rebelião no local, o governador romano da Judeia, Floro, mandou para a cruz 3.600 pessoas. Depois da vitória, Roma seguiu enviando 500 judeus por dia para a crucificação. Só interrompeu a carnificina depois que a madeira acabou.
4. Morrer na cruz pode demorar até 3 dias. Normalmente, o condenado era torturado antes. O Evangelho diz que Jesus levou 6 horas para expirar. Ele foi crucificado às 9h e morreu às 15h.
5. Segundo a Bíblia, Jesus suou sangue quando foi crucificado. Esse fenômeno, chamado hematidrose, é raro, mas pode acontecer em situações de extrema fraqueza física aliada a um grave abatimento moral (como, por exemplo, o medo exagerado).
6. O percurso que Jesus percorreu com parte da cruz (de cerca de 50 kg) em suas costas tinha aproximadamente 600 metros.
7. São Pedro também foi crucificado. Porém, ele pediu que fosse pendurado de cabeça para baixo na cruz, pois não se considerava digno de morrer da mesma forma que Jesus Cristo foi morto.
8. A prática foi extinta em 313 d.C., após a liberação da crucificação do Cristianismo por Constantino.
9. A cruz se tornou símbolo cristão na Idade Média.
10. O método da crucificação ainda é usado em alguns países. No Sudão, cerca de 90 pessoas são crucificadas todos os anos

Antes da Guerra dos Seis Dias, Israel temia um novo Holocausto

Passados 50 anos da Guerra dos Seis Dias, evento cujas consequências políticas continuam na ordem do dia, as causas e o contexto do conflito passam longe do noticiário e, por consequência, do senso comum.
Não, não houve invasão nem ocupação do Estado palestino – mesmo porque ele não existia. Não, Israel não era apoiado maciçamente pelos EUA. Não, Israel não tinha mais armas do que os países árabes.
Após a criação, em 1964, da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), as incursões de comandos palestinos contra Israel, principalmente a partir dos territórios jordaniano e sírio, tornaram-se cada vez mais frequentes, e as forças israelenses reagiam com retaliações. Note-se que os hoje chamados territórios ocupados eram antes de 1967 ocupados por Jordânia e Egito. Cabe a pergunta: qual “Palestina” a OLP queria libertar?
Naquela década de 1960, Israel começou a construir seu sistema de irrigação nacional, para trazer água do mar da Galileia para o sul do país. Em resposta, a Síria começou a construir canais para desviar as fontes do Rio Jordão. Com o confronto sobre a divisão das águas entre Israel, Síria e Jordânia, as tensões se intensificaram, com um pico em abril de 1967.
Em 16 de maio de 1967, Nasser, o presidente do Egito, ordenou que todas as tropas da Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF), estacionadas há mais de 10 anos na fronteira com Israel no deserto do Sinai, saíssem de lá. Enquanto o secretário-geral da ONU, U Thant, pedia esclarecimentos ao Cairo, tropas egípcias cruzaram a linha da UNEF e ocuparam alguns postos.
U Thant reuniu-se com os membros do Comité Consultivo da UNEF e informou-lhes dos acontecimentos no terreno, explicando que, se um pedido formal de retirada da UNEF fosse feito pelo governo egípcio, ele teria de cumprir, pois a Força estava lá somente com o consentimento do governo e não poderia permanecer sem ele. Seguiu-se grande divisão na ONU sobre o que deveria ser feito. Antes que uma decisão fosse tomada, os governos da Índia e da Iugoslávia decidiram retirar seus contingentes da UNEF.
Enquanto isso, o secretário-geral consultou o governo israelense sobre a possibilidade de colocar as tropas no lado israelense, mas Israel declarou que isso seria inaceitável. Pouco tempo depois, o representante do Egito enviou uma mensagem a U Thant indicando a decisão do seu governo de pôr fim à presença da UNEF no Egito e na Faixa de Gaza, pedindo-lhe que se procedesse a retirada o mais rapidamente possível. Com o fracasso das negociações, o comandante da UNEF foi instruído a retirar as tropas
Logo após, em 22 de maio as forças de Nasser retomaram a cidade de Sharm el-Sheikh, bloqueando o Estreito de Tiran e fechando o acesso de Israel ao mar Vermelho. No final de maio, a Jordânia assinou um pacto de defesa mútua com o Egito - não custa lembrar que a Jordânia anexou a CIsjordânia e Jerusalém Oriental em 1950 e três anos depois passou a chamar a cidade de sua "segunda capital".  O Iraque se juntou alguns dias depois. Os líderes árabes proclamaram que iriam “reconquistar a Palestina” de uma vez por todas. O jornal O Estado de S. Paulo, edições de 27 e 31 de maio de 1967, destacou:
A França, que apoiava militarmente Israel, decidiu retirar seu apoio no dia 3 de junho [ao contrário do senso comum, os EUA não apoiaram militarmente Israel nem na Guerra de Independência, em 1948, nem na de 1967].
Após a longa Guerra de Independência da Argélia (1954-1962), De Gaulle tinha tomado uma decisão estratégica: reforçar a estatura da França no vasto mundo árabe, o que significou manter por algum tempo um jogo duplo, que chegou ao fim quando a crescente tensão em 1967 o forçou a tomar uma posição, que chocou os israelenses: abandonar Israel.
A França tornou permanente o embargo de armas contra Israel, procurou fazer acordos petrolíferos com os Estados árabes e adotou uma retórica cada vez mais anti-Israel.
União Soviética temia que Israel estivesse construindo uma bomba nuclear em Dimona e fez o possível para levar os árabes à guerra. Já os EUA, obcecados com a guerra no Vietnã, não deram garantia de ajuda.
Nesse contexto, a população Israel temia um novo Holocausto. Rabinos consagravam parques públicos como cemitérios, e milhares de sepulturas foram cavadas, antecipando mortes em massa. À medida que alguns israelenses cavavam túmulos, outros começaram a armazenar lápides e caixões. 
O jornal O Estado de S. Paulo, edições de 28 e 30 de maio de 1967, destacou:
Apesar de tudo isso, Levi Eshkol, o então primeiro-ministro de Israel, não parecia decidido a ir à guerra, ainda que os reservistas tivessem sido mobilizados. Durante a crise, Yitzhak Rabin, então chefe de Estado-Maior das Forças de Defesa, sofreu um colapso nervoso, que mais tarde foi justificado como uma "intoxicação por nicotina".
Temia-se que o Egito bombardeasse a planta nuclear de Dimona. Havia medo de um ataque surpresa em duas ou três frentes, com o uso de gás químico e armas radioativas.
A liderança militar e até mesmo a mídia de esquerda, como o jornal Haaaretz, viam Eshkol como fraco, incapaz de liderar o país em crise - uma impressão que se fortaleceu quando, em 28 de maio, ele fez um discurso balbuciante e confuso no rádio. Eshkol entrou em pânico, enquanto tentava tranquilizar o país.
Na imprensa e no gabinete pedia-se sua demissão - ele era também o ministro da Defesa. Ben-Gurion estava tão preocupado com a possibilidade de um golpe militar, que emitiu um alerta de Sde Boker, seu kibutz no Negev.
Em 1º de junho, Eshkol foi forçado a abrir mão da pasta de Defesa para Moshe Dayan, o que também foi destacado pelo Estadão, em 2 de junho:
Em 5 de junho, Israel decidiu atacar. No primeiro dia da guerra, destruiu no solo 452 aviões do Egito, Síria e Jordânia, em sua maioria MIGs de fabricação soviética. Israel utilizou quase todos os seus 196 aviões no ataque, em sua maioria caças franceses Mirage. Somente 12 aviões não participaram da operação.
Em 7 de junho, Jerusalém foi unificada. Ouça áudio original da transmissão da Rádio Israel durante a entrada das tropas isrealenses na Cidade Velha. As falas são do coronel Motta Gur, comandante da brigada de paraquedistas, e Yossi Ronen, locutor da Rádio Israel. O coronel diz aquelas que são consideradas as três palavras mais famosas do hebraico moderno: "Har Habait beiadenu!" [“O Monte do Templo está em nossas mãos!”]. Leia o texto em inglês referente ao áudio.

Foi a primeira vez que os judeus controlaram a cidade desde a destruição do Segundo Templo pelos romanos, no ano 70 da Era Comum. No mesmo dia, Moshe Dayan discursou no rádio, diretamente do Muro da Lamentações,assegurando a liberdade religiosa:
Esta manhã, as Forças de Defesa de Israel libertaram Jerusalém. Unificamos Jerusalém, a dividida capital de Israel, e voltamos ao mais sagrado dos nossos Lugares Sagrados, para nunca mais nos separarmos. Nessa hora – e com muita ênfase nessa hora-, estendemos nossa mão em paz aos nossos vizinhos árabes. E aos nossos concidadãos cristãos e muçulmanos prometemos solenemente liberdade e direitos religiosos plenos. Não viemos a Jerusalém por causa dos lugares santos de outros povos nem para interferir com os adeptos de outras religiões, mas para salvaguardar a totalidade da Cidade Sagrada e viver aqui em conjunto com os outros, em unidade", disse Dayan.
A reunificação de Jerusalém garantiu pela primeira vez o controle independente das três religiões sobre seus locais sagrados. Saiba mais. Em 27 de junho, o parlamento israelense aprovou uma lei, válida até hoje, garantindo que os lugares santos das diferentes religiões seriam protegidos de profanação e de qualquer outra violação.
Na campanha militar, Israel conquistou em seis dias o Deserto do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã.
A tão citada Resolução 242 da ONU pede a retirada de Israel de territórios conquistados na Guerra dos Seis Dias. A mesma resolução – mas isso é raramente citado – também pede o reconhecimento da soberania, integridade territorial, independência política e o direito de viver em paz de todos os Estados da região.

Não sai da fila,A sua hora vai chegar...

Se a pessoa  não  der o tempo certo da colheita,ela vai se desesperar e desistir,toda colheita tem o seu tempo certo.Se plantarmos feijão h...